10.07.2017 -
A Conferência Episcopal da Suíça aceitou transferir para a Páscoa do próximo ano a entrada em vigor de uma alteração na tradução francesa do Pai Nosso, justificando que “o essencial é rezar juntos”. A decisão responde aos pedidos da Federação das Igrejas Protestantes, da Conferência da Igrejas Reformadas e da Igreja Católica-Cristã do país.
A primeira data da modificação era prevista para o primeiro domingo do Advento, isto é, 3 de dezembro de 2017. A prorrogação, porém, vai consentir às três Igrejas de introduzir contemporaneamente a nova versão da oração nas respectivas liturgias, “num espírito de comunhão ecumênica”, escrevem os bispos num comunicado divulgado pelo L’Osservatore Romano.
Alteração já foi adotada na Bélgica
Ao final da Assembleia Plenária de fim de maio no Mosteiro de Einsiedeln, o episcopado helvético, aderindo à escolha feita em 2013 na França e em outros países de língua francesa, anunciou a introdução da alteração na parte da Suíça onde o francês é o idioma oficial. A modificação na tradução do texto original grego do Pai Nosso é no trecho que irá para “não nos deixeis entrar (ou cair) em tentação" (“Et ne nous soumets pas à la tentation” passará a ser “Et ne nous laisse pas entrer en tentation”).
Essa alteração já está em vigor na Bélgica desde 4 de junho e será introduzida na França, em dezembro, enquanto a Conferência Episcopal do Canadá divulgou que “não teve como promover logo essa modificação”.
O presidente da Conferência das Igrejas Reformadas da parte francesa da Suíça, Xavier Paillard, como o presidente do Conselho da Federação das Igrejas Protestantes, Gottfried Locher, e o bispo para os católicos-cristãos, Harald Rein, da preocupação pela repentina mudança agora se sentem “aliviados” com a notícia.
De fato, mesmo reconhecendo que a versão corresponde melhor ao texto original, entre as diversas denominações cristãs houve um pouco de perturbação por não existir uma pré-consulta. Agora, o acordo vai permitir que cada comunidade eclesial tenha o tempo necessário para consultar as próprias instâncias e poder se alinhar com a Igreja católica romana a partir da Páscoa de 2018.
Uma decisão como sinal ecumênico
Na Suíça, o ecumenismo é forte. Desde 1966 existe uma tradução ecumênica da Bíblia, e os cristãos de expressão francesa fazem a mesma oração ao Pai. A decisão do Episcopado Católico vai consentir de preservar o caminho comum. (AC/L’Osservatore Romano)
Fonte: Front Católico/ Rádio Vaticano via Icatolica
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo". (Gálatas 1, 10)
Lembrando...
Declarou o Padre Christian Bouchacourt: "Sob o falso pretexto do amor ao próximo e do desejo de uma unidade artificial e ilusória, a fé católica é sacrificada no altar do ecumenismo que põe em perigo a salvação das almas. Sob o falso pretexto do amor ao próximo e do desejo de uma unidade artificial e ilusória, a fé católica é sacrificada no altar do ecumenismo que põe em perigo a salvação das almas. Os erros mais gritantes e a verdade de nosso Senhor Jesus Cristo são colocadas em pé de igualdade. Como “podemos ser gratos pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da Reforma“, enquanto Lutero manifestou um desprezo blasfemo pelo Santo Sacrifício da Missa, assim como uma recusa da graça salvífica de Nosso Senhor Jesus Cristo? Ele também destruiu a doutrina eucarística, negando a transubstanciação, desviou as almas da Santíssima Virgem Maria e negou a existência do Purgatório. Não, o protestantismo não trouxe nada ao catolicismo! Ele arruinou a unidade da cristandade, separou nações inteiras da Igreja Católica, mergulhou as almas no erro colocando em perigo sua salvação eterna. Nós, católicos, queremos que os protestantes retornem para o único rebanho de Cristo, que é a Igreja Católica, e rezamos por esta intenção".
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