28.06.2017 -
Uma especialista do hospital afirmou em tribunal, segundo o The Guardian, que o tratamento experimental de que os pais falam infelizmente não iria ajudar a criança.
Por outro lado, o neurologista que iria acompanhar o menino durante o tratamento nos EUA afirma que o mesmo poderia melhorar as funções cerebrais de Charlie. "Pode ser um tratamento, mas não uma cura. Charlie pode vir a conseguir interagir, sorrir e olhar para objetos", explicou o especialista.
O juiz decidiu que o hospital pode legalmente retirar todos os tratamentos, exceto os paliativos para permitir que Charlie morra com dignidade.
Os pais lamentam o fato de o magistrado não ter dado ao Charlie pelo menos a hipótese de fazer um tratamento e a advogada do casal afirmou que não há provas de que o menino esteja a sofrer.
"Nós só queremos uma oportunidade. Não seria uma cura mas poderia mantê-lo vivo. Se o salvar é fantástico", disse a mãe de Charlie numa entrevista antes de anunciada a decisão do juiz. "Quero salvar outros. Mesmo que Charlie não sobreviva, não quero que nenhuma mãe e filho passem por isto".
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) rejeitou o recurso dos pais de Charlie, seguindo assim a linha da decisão do Alto Tribunal de Justiça do Reino Unido, que autorizou o hospital a retirar a ventilação artificial a Charlie, permitindo que lhe fossem prestados apenas cuidados paliativos. Fonte: www.dn.pt
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Nota de www.raianhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (Mateus 19, 17)
"Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe". (Marcos 10, 19)
Nos Dez Mandamentos, encontramos um que diz: “Não matarás” (Ex 20,13). É certo que a expressão negativa enfática de não matar se refere às mais variadas formas que levam à morte. Dentre elas, lembramos do assassinato, da eutanásia e do aborto. O suicídio e a eutanásia também são considerados como a quebra desse mandamento, tendo em vista que significa autodestruição, ou negação da própria vida. O termo se origina do latim sui, que quer dizer a si mesmo, e caedere que significa cortar, matar.
O Papa João Paulo II, na encíclica Evangelium vitae: “A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom. (EV, 57).
Isso não impede que algumas formas de eutanásia sejam mais ou menos graves que outras. João Paulo II distingue também vários graus de gravidade (EV, 66).
"A primeira forma de eutanásia é a que resulta de uma falsa piedade. Neste caso, suprime-se a vida do doente com o objetivo de poupá-lo de mais sofrimento. No entanto, para a Igreja, a verdadeira compaixão, de fato, torna solidário com a dor alheia, não suprime aquele de quem não se pode suportar o sofrimento”.
"A decisão da eutanásia torna-se mais grave quando se configura como um homicídio, que os outros praticam sobre uma pessoa que não a pediu de modo algum nem deu nunca qualquer consentimento para ela.”
"Atinge-se o cúmulo do arbítrio e da injustiça quando alguns, médicos ou legisladores, se arrogam o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer”.
A liberdade de escolha do paciente não justifica a eutanásia. Segundo alguns promotores da eutanásia, esta poderia se justificar pelo “princípio de autonomia” do sujeito, que teria direito de dispor, de maneira absoluta, da sua própria vida. Para rejeitar esse direito, a Igreja se baseia no valor inalienável e sagrado de toda vida humana.
Segundo este princípio, assim como haveria um “direito ao suicídio”, existiria também um “direito ao suicídio assistido”. A Igreja não reconhece nenhum destes supostos direitos.
Seu ensinamento recordou isso muitas vezes: “A morte voluntária ou suicídio, portanto, é tão inaceitável como o homicídio: porque tal ato da parte do homem constitui uma recusa da soberania de Deus e do seu desígnio de amor".
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