10.06.2017 -
Em um vídeo (veja no final deste artigo) no qual responde à “incompreensível” negação da existência do diabo do Superior Geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa, um sacerdote argentino assegurou: “Posso dizer-lhes que o demônio existe porque eu também o vi, eu o encontrei”.
Pe. Leandro Bonnin, sacerdote da província de Entre Rios (Argentina), lamentou no vídeo publicado em seu perfil no Facebook que, “se uma pessoa não tem fé, se uma pessoa não acredita em Cristo, evidentemente pode duvidar tranquilamente ou pode negar da existência do demônio, porque não é possível pedir a alguém que não acredita em Deus ou não acredita na palavra de Jesus, que aceite a existência desta criatura espiritual”.
Em uma entrevista ao jornal espanhol ‘El Mundo’, publicada em 1º de junho, o Pe. Sosa disse que o diabo é uma figura simbólica, criada pelo homem “para expressar o mal”.
“Evidentemente, a notícia causou muita comoção e provocou um debate nas redes sociais”, indicou o Pe. Bonnin no seu vídeo intitulado “O demônio existe, eu o encontrei”, cujo título se inspira no livro “Deus existe, eu o encontrei”, do ateu francês que se converteu ao catolicismo André Frossard.
O sacerdote destacou que, “quando nós abrimos o Evangelho, abrimos a Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, desde o primeiro livro, do Gênesis, até o último livro, do Apocalipse, aparece a serpente, o dragão, que é o demônio”.
Se quiséssemos tirar da vida de Cristo, nos Evangelhos, as referências ao demônio, a Bíblia “se tornaria incompreensível para nós”.
“É incompreensível como alguém que acredita em Jesus, que pertence, que dirige uma congregação chamada Companhia de Jesus, possa negar algo que é tão claro no ensinamento de Jesus”, disse.
“Nossa fé na existência do demônio se funda na Sagrada Escritura”, acrescentou e explicou que “o magistério da Igreja tem desenvolvido este tema ao longo dos séculos”.
Um encontro pessoal com o demônio
O Pe. Bonnin assinalou: “Eu posso dizer que o demônio existe porque eu também o vi, eu o encontrei”.
“Em algum momento do meu ministério sacerdotal, como tantos outros sacerdotes, o bispo nos confiou a missão de acompanhar, de consolar e de ajudar a sair desta situação dolorosa que é possessão diabólica ou obsessão diabólica”, recordou.
Naquela época, disse, “eu estive presente em várias situações de pessoas possuídas, acompanhado ou fazendo o ritual de exorcismo, autorizado totalmente pelo bispo, que é o exorcista em cada diocese”.
“Quando uma pessoa está em um exorcismo, quando vemos as reações das pessoas que estão sob o poder de Satanás, não podemos mais duvidar da existência do demônio”, assegurou.
Inclusive psiquiatras especializados que faziam parte da equipe de atenção a essas pessoas, recordou, “diziam que essas reações, estas respostas, estas palavras, estes gestos não têm nada a ver com nenhuma patologia conhecida e estudada”.
Entre as reações encontradas nas pessoas com uma possessão demoníaca, indicou, estão “a rejeição às coisas sagradas, o rechaço ao nome de Jesus, ao nome de Maria, as reações à água benta, a maneira de falar, a formar de rir”.
Entretanto, o sacerdote precisou que “a nossa fé na existência do demônio não é o elemento mais importante”, pois “sabemos que o demônio já foi derrotado por Cristo”.
“A nossa fé não está baseada no temor, não temos que viver obcecados, nem ver o demônio por todos os lados, mas negar a sua existência é cair em um erro grave”, assinalou.
Mas, “o mais terrível” de negar a existência do demônio, advertiu, é “que acaba questionando a validade das próprias Sagradas Escrituras, porque se podemos deixar de lado algo que está tão claro nas Sagradas Escrituras, se podemos dizer ‘não, isso não é a revelação, não é a palavra de Deus, é uma invenção humana’, o que se acontece com todo o resto dos das Sagradas Escrituras?”.
“Podemos pensar em erros graves na vida espiritual se pensamos simplesmente que é a nossa fraqueza que nos leva ao pecado”, disse o sacerdote argentino, porque “também há uma força externa que quer nos levar pelo caminho do mal”.
A ação mais perigosa do demônio
O Pe. Bonnin também recordou que uma possessão, a ação “extraordinária” do demônio, é pouco frequente.
A ação mais comum, ordinária, e “no fundo mais perigosa” é a tentação, disse, pois “é a única que pode te privar do Céu”.
“Ele, muitas vezes através dos pensamentos, também através da influência da realidade, do ambiente, do mundo no qual estamos, como Jesus diz, sob o poder de Satanás, em muitas ocasiões quer te afastar de Cristo, te afastar da obediência ao plano do Pai na tua vida. Essa é a ação mais contínua, mais constante”, indicou.
Ao finalizar o vídeo, o sacerdote argentino reiterou: “O demônio existe, eu o encontrei, eu o vi atuando em uma pessoa e também vi como o poder de Cristo, o poder de Maria, da sua intercessão e a dos santos, ajudavam estas pessoas a recuperar a sua liberdade plena”. Fonte: ACI digital
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Assista o Video do Padre Leandro Bonnin.
Uma catequese e testemunho sobre a existência do demônio.
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