13.04.2015 - Há quase três anos, Júlia Pinheiro das Chagas, de 31 anos, foi resgatada pela polícia na comunidade Lago dos Paus, no Rio Gregório (AM). Atualmente ela mora em uma casa alugada com seis filhos, frutos de uma relação incestuosa que manteve por anos com o seu pai, João das Chagas Ribeiro Mourão, de 66 anos.
Há dois, ele cumpre a sentença no regime fechado no presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, distante 648 quilômetros da capital acreana. As marcas do passado ainda fazem Júlia chorar.
A dona de casa conta que vive com a ajuda de Aluguel Social, oferecido pela prefeitura da cidade, que abriga ela e os seis filhos. Tímida e com o vocabulário restrito, Júlia relembra a vida que tinha ao lado do pai. “Eu engravidei oito vezes, mas os dois mais velhos morreram. Eu não sabia que era errado, não entendia nada disso. Só percebi que tinha algum problema quando meus filhos começaram a ter deficiência, sabia que eles não eram normais”, conta ao G1.
Todos têm algum tipo de deficiência. O que apresenta o estado mais crítico é o filho de 6 anos: ele não anda devido a uma deficiência motora e também tem uma espécie de descamação na pele. Outra filha, uma garotinha de 11 anos, também tem dificuldades de relacionamento.
“Tem dias que a minha filha passa o dia sem comer, não fala com a gente. Fica pelos cantos, acho que ela tem uma lembrança bem forte de tudo que aconteceu”. Durante a entrevista, a menina não comentou nada. Ela disse à mãe que não gosta de ir nem mesmo à escola, porque lá tem de enfrentar muitas pessoas. Sobre as lembranças do que viveu com seu pai/avô, ela prefere o silêncio.
'Penso em procurá-lo'
Questionada se um dia pretende reencontrar o pai, Júlia diz que tenta aos poucos perdoar o que João fez com ela e com as crianças. “Eu penso em procurá-lo para que ele possa ver as crianças, porque quando ele foi preso, nossos filhos eram todos bem pequenos. Tive muita raiva dele, mas agora estou tentando esquecer. Posso até perdoar, porque quem quer o perdão, perdoa. Mas, às vezes, é difícil falar”, diz emocionada.
João cumpre a sentença no regime fechado.
A dona de casa relembra que quando vivia com o pai não tinha contato com ninguém, pois João a fazia guardar segredo sobre a vida a dois. “Eu não ia à cidade e ele pedia muito que eu não contasse para ninguém que ele era meu pai”, conta.
A mulher diz que tenta não conversar com os filhos sobre o que aconteceu e acredita que os meninos não sintam saudades do pai, que, segundo ela, batia neles. Júlia também conta que era agredida com frequência.
No dia do resgate, em 2012, ela recorda nitidamente a chegada da polícia. “A gente estava cuidando da farinha e eu estava dentro de casa, porque ele tinha acabado de me bater. Ele batia muito a minha cabeça na parede da casa.”
Ao lado dos seis filhos, Júlia não contém as lágrimas ao ver a foto do pai dentro da cadeia. À reportagem, ela diz que o choro é de raiva e mágoa de tudo o que aconteceu, mas ela repete entre lágrimas que perdoaria João.
Fonte: G1
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Observareis meus preceitos e minhas leis: o homem que o observar viverá por eles. Eu sou o Senhor.
Nenhum de vós se achegará àquela que lhe é próxima por sangue, para descobrir sua nudez. Eu sou o Senhor". (Lv 18, 5-6)
"Curvai-vos, curvai-vos, gente sem pudor, antes que nasça a sentença e o dia passe como a palha; antes que caia sobre vós o ardor da ira do Senhor; antes que caia sobre vós o dia da indignação do Senhor"! (Sofonias 2, 1-2)
"Os quais vos diziam: No fim dos tempos virão impostores, que viverão segundo as suas ímpias paixões;" (São Judas 1,18)
"Encontram as suas delícias em se entregar em pleno dia às suas libertinagens. Têm, os olhos cheios de adultério e são insaciáveis no pecar. Seduzem pelos seus atrativos as almas inconstantes; têm o coração acostumado à cobiça; são filhos da maldição". (2 Pedro 2. 13-14)
"Ele lhes respondeu: Quando vem a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado.
E de manhã: Hoje haverá tormenta, porque o céu está de um vermelho sombrio.
Hipócritas! Sabeis distinguir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?" (São Mateus 16, 2-4)
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