07.02.2015 -
A crise hídrica já derrubou a produção agrícola em vários municípios de São Paulo e Minas Gerais. Milho, soja, café e laranja estão entre as culturas atingidas.
Uma das regiões mais afetadas é a do Triângulo Mineiro, segundo dados da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). Uberaba, principal produtora mineira de milho, viu sua produção cair 30% -a prefeitura decretou estado de emergência devido à seca.
A quebra na safra deverá fazer o consumidor conviver nos próximos meses com preços mais altos, e não só no milho. O cereal, moído, é usado na alimentação animal com o farelo de soja, o que significa que o preço da carne pode ser impactado.
O levantamento, concluído na última semana, aponta ainda perdas em Minas de 25% na produção de soja e de arroz, de 13% na de café arábica e de 26% na de milho, com destaque negativo para a microrregião de Uberaba.
Só na cidade, as perdas financeiras são estimadas em R$ 400 milhões pelo Sindicato dos Produtores Rurais.
"O decreto de emergência ajuda o produtor a fazer laudos técnicos da lavoura para ver perdas, buscar seguro rural e eventualmente até rolar dívidas", disse Romeu Borges de Araújo Junior, presidente da entidade.
O problema é grave na região porque o índice pluviométrico ficou muito abaixo da média histórica: choveu só 86 mm em janeiro, ante a média de 360 mm. Não houve registro de chuva de 24 de dezembro a 28 de janeiro.
Presidente-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Alysson Paolinelli, ministro da Agricultura (1974-79) no governo de Ernesto Geisel, também disse que o consumidor será afetado.
"Diziam que a safra dos EUA seria grande e que haveria folga, mas a tal folga foi consumida pelo Brasil, que teve problemas severos. A tendência é que os preços subam no mercado interno."
MENOS CAFÉ E SUCO
Já em São Paulo, a estimativa do IEA (Instituto de Economia Agrícola) é que a safra de café tenha redução de 11,6% em relação à anterior, reflexo da queda na estimativa de produção no polo cafeeiro da Alta Mogiana, que chegou a 40%.
Na citricultura, segundo Flávio Viegas, presidente da Associtrus (Associação Brasileira dos Citricultores), as perdas devem superar 20%.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que há preocupação com a produção de verduras e legumes em São Paulo, devido à seca no Sudeste, que pode prejudicar o abastecimento desses alimentos no país.
O Ministério da Agricultura está finalizando um estudo para avaliar os impactos da seca na produção agrícola e tentar criar alternativas para evitar o desabastecimento. Segundo a ministra, não deve haver impactos na produção de grãos. Fonte: Folha SP
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
A maior seca acontece no coração dos homens e reflete nas fontes de água da Terra.
Diz na Sagrada Escritura:
"Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto". (Joel 1, 19-20)
"Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita.
Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques". (Isaias 42)
"Haverá algum homem sábio que possa compreender essas coisas? A quem as revelou o Senhor a fim de que as explique? Por que perdeu-se essa terra, queimada como o deserto, por onde ninguém mais passa"? (Jeremias 9, 11)
"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo. E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)
"Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro animal clamar: Vem! E vi aparecer um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha uma balança na mão. Ouvi então como que uma voz clamar no meio dos quatro Animais: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; mas não danifiques o azeite e o vinho!" (Apocalipse 6, 5-6)
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