18.01.2015 -
As tempestades que têm desabado sobre a cidade de São Paulo desde o fim de dezembro derrubaram árvores e postes, mas não serviram para abastecer as represas do Cantareira, prolongando a crise da água.
O problema que leva à essa situação paradoxal passa por uma espécie de pane que acontece pelo segundo verão consecutivo no sistema que os meteorologistas chamam de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul). Trata-se de uma banda de nuvens que se estende desde o oeste da Amazônia até Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e segue até alto mar.
"O sistema, que favoreceria as chuvas na região central do Brasil como um todo, não está atuando como deveria", diz Anna Bárbara de Melo, do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Em dezembro, a ZCAS entrou em ação, mas no lugar "errado". "O sistema ocorreu, só que favorecendo a região sul da Bahia e o Tocantins", diz a pesquisadora. "Todo o estado de Minas, em dezembro, teve menos precipitação que o normal, com exceção de algumas áreas no norte."
Segundo o climatologista Tércio Ambrizzi, da USP, o fenômeno pode estar relacionado à mudança climática.
"O fato de a atmosfera estar mais aquecida tem gerado uma variabilidade climática maior, enfatizando os eventos extremos", diz o climatologista. "Em 2010 e 2011, nós estávamos enfrentando as inundações e mortes ocorridas nos deslizamentos do Rio de Janeiro", conta Ambrizzi.
"Naquele ano o Cantareira estava com mais de 100% da capacidade, vertendo água e prejudicando algumas cidades. Três anos depois, passamos para um extremo seco com chuvas abaixo da média."
CAPITAL
Mas, se falta chuva na Cantareira, por que tanta água na capital?
Isso se explica por um outro fenômeno, tipicamente relacionado às chuvas de verão: as ilhas de calor.
Em grandes concentrações urbanas, sem vegetação, o pouco de umidade que existe sobre essas áreas tende a subir em função do calor, até atingir temperaturas mais baixas e se condensar. Isso cria nuvens com uma extensão horizontal relativamente pequena, mas uma extensão vertical grande, com bastante água. A chuva então cai numa região específica, com muita violência, explica Ambrizzi. Em geral, tais tempestades ocorrem no início da noite.
Essas fortes descargas, concentradas em horários limitados, não chegaram nem a trazer um volume médio histórico de água nem mesmo para a capital.
Na primeira metade de janeiro, a estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte de São Paulo, registrou 71 mm de chuva acumulada, quando a média histórica era de 130 mm. No Cantareira, mais ao norte, a situação é pior, com apenas 60 mm de chuva tendo ocorrido até agora, menos da metade do que se esperava. O nível do reservatório caiu de 7,2% para 6,2%, numa época do ano em que costuma subir.
Algumas das chuvas de verão estimuladas pela mancha urbana de São Paulo poderiam até ter contribuído para elevar o nível de algumas represas do sistema Cantareira, mas aí surge o terceiro problema. Segundo hidrólogos, o solo da maior parte das represas já estava tão seco, castigado pelo sol, que boa parte da água foi simplesmente absorvida pela terra, sem causar nenhuma elevação no nível dos reservatórios.
Esse "efeito esponja", diz Ambrizzi, pode ter anulado qualquer benefício que chuvas de verão tenham trazido para as represas do Cantareira mais próximas da capital.
Fonte: Folha - Enviado por Vitor Hugo
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
A maior seca acontece no coração dos homens e reflete nas fontes de água da Terra.
Diz na Sagrada Escritura:
"Toda a sabedoria vem do Senhor Deus, ela sempre esteve com ele. Ela existe antes de todos os séculos.
Quem pode contar os grãos de areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? Quem pode medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundidade do abismo?
Quem pode penetrar a sabedoria divina, anterior a tudo?
A sabedoria foi criada antes de todas as coisas, a inteligência prudente existe antes dos séculos!
O verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus caminhos são os mandamentos eternos.
A quem foi revelada a raiz da sabedoria? Quem pode discernir os seus artifícios?
A quem foi mostrada e revelada a ciência da sabedoria? Quem pode compreender a multiplicidade de seus caminhos?
Somente o Altíssimo, criador onipotente, rei poderoso e infinitamente temível, Deus dominador, sentado no seu trono". (Eclesiástico, 1, 1-8)
"Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois (diz a Escritura) ele apanhará os sábios na sua própria astúcia". (1Cor 3,19)
"Onde está o sábio? Onde o erudito? Onde o argumentador deste mundo? Acaso não declarou Deus por loucura a sabedoria deste mundo"? (1Cor 1,20)
"Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto". (Joel 1, 19-20)
"Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita.
Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques". (Isaias 42)
"Haverá algum homem sábio que possa compreender essas coisas? A quem as revelou o Senhor a fim de que as explique? Por que perdeu-se essa terra, queimada como o deserto, por onde ninguém mais passa"? (Jeremias 9, 11)
"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo. E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)
"Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro animal clamar: Vem! E vi aparecer um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha uma balança na mão. Ouvi então como que uma voz clamar no meio dos quatro Animais: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; mas não danifiques o azeite e o vinho!" (Apocalipse 6, 5-6)
"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)
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