26.11.2014 -
O regime chinês está espiando cada cidadão chinês, incluindo os principais líderes do Partido Comunista Chinês (PCC), segundo um artigo do website chinês Creaders.net, sediado em Vancouver, que expõe o programa de espionagem nacional. A reportagem é de Joshua Philipp e foi publicada pelo Epoch Times.
O programa secreto, dirigido pelo Ministério da Segurança Pública do regime chinês, é chamado de “Megainteligência”.
A Rádio Som da Esperança (SOH) cita Wang Lijun, o ex-chefe da Secretaria de Segurança Pública de Chongqing, China, dizendo que o programa de vigilância leva 12 minutos para verificar todos os 1,3 bilhão de chineses, 4 minutos para verificar cada pessoa na lista negra da China, e 3,5 minutos para verificar a carteira de motorista de cada pessoa na China.
O programa está em operação há cerca de 10 anos e o regime chinês tem mantido sigilo total, segundo a SOH. E afirma: “Os especialistas acreditam que este projeto cobre todo o país.”
O programa foi iniciado por Zhou Yongkang, o ex-chefe da segurança pública do regime chinês, que recentemente foi colocado sob investigação. O programa começou como um protótipo nas forças policiais da China e gradualmente assimilou todos os recursos e dados públicos.
O programa foi anunciado pela primeira vez ao público logo após Wang Lijun fugir para um consulado dos Estados Unidos em fevereiro de 2012.
A informação que Wang passou primeiramente a funcionários consulares americanos e em seguida para as autoridades do Partido Comunista Chinês em Pequim a respeito de seu chefe Bo Xilai, o secretário do PCC em Chongqing, foi o estopim da campanha anticorrupção que atualmente varre a China, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
Na época, a revista Caijing informou que o regime chinês tem um sistema de monitoramento de US$ 3,26 bilhões, que as autoridades chinesas se gabavam como o mais avançado do mundo, segundo a SOH.
Apenas em Chongqing, o programa supostamente usa mais de 50 mil câmeras de vigilância que cobrem todos os cantos da cidade.
A revista afirmou que esse sistema de vigilância dragnet foi criado em Chongqing para tornar a cidade mais segura.
Depois que Bo Xilai foi preso na campanha anticorrupção, foi relatado que o ex-chefe de polícia Wang Lijun tinha usado o sistema de espionagem para monitorar os principais líderes do Partido Comunista Chinês, informou a SOH.
Chongqing é apenas uma pequena parte do programa de espionagem do regime chinês “Megainteligência”.
Em 2009, na cidade de Shenzhen, província de Guangdong, Sul da China, havia mais de 800 mil câmeras de vigilância – uma câmera para cada 15 pessoas, segundo a SOH.
Mais de 250 mil câmeras foram instaladas em Guangzhou, capital da província de Guangdong. As cidades de Foshan, Dongguan, Zhongshan têm cada uma cerca de 100 mil câmeras instaladas.
Em 2009, na cidade de Kunming, capital da província de Yunnan, Sudoeste da China, tinha mais de 310 mil câmeras instaladas.
Em 2010, cerca de 60 mil câmeras de vigilância foram instaladas na cidade de Changchun, província de Jilin, Nordeste da China.
E, em 2011, 60 mil câmeras foram instaladas na cidade de Changsha, capital da província de Hunan, Centro-Sul da China.
Sistemas massivos de câmeras de vigilância podem agora ser encontrados em mais de 676 cidades em toda a China, segundo a SOH, que observa que, antes das Olimpíadas de Pequim em 2008, câmeras de vigilância foram instaladas inclusive em ônibus e carros de aluguel.
Com base nos dados disponíveis, parece que o programa de vigilância usa tecnologia de reconhecimento facial por meio da alimentação de vídeo e pode localizar indivíduos com base em registros pessoais.
Essa rede de câmeras de segurança complementa os sistemas de monitoramento do regime comunista chinês, que envolve todo o tráfego da internet na China, microblogs, websites de redes sociais e comentários em websites.
Toda essa vigilância é suplementada pelas grandes operações militares de monitoração de telefonemas domésticos, que foram expostas pelo Centro de Informações Kanwa, sediado no Canadá, e amplamente reportados em Taiwan e Hong Kong em 17 de novembro.
Fonte: ipco.org.br e www.rainhamaria.com.br