12.02.2014 -
Com um calor histórico, o verão de 2014 proporcionou férias diferentes para a maioria dos veranistas gaúchos. Com pouco vento, água clara e quente, quem foi ao litoral aproveitou um mar atípico e em horários alternativos. Quando o sol começa a baixar é quando a areia passa a receber ainda mais visitantes.
E nem mesmo a vida marinha conseguiu escapar do calorão. A temperatura do oceano aumentou quase cinco graus em relação à temporada passada, fazendo algumas espécies de peixes se esconderem nas profundezas geladas do oceano.
Professor do Departamento de Climatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Francisco Aquino confirma que foi constatada a elevação na temperatura da superfície do mar desde dezembro até agora.
– Estamos com águas mais quentes, entre 1,5°C até 4,5°C acima da média, que normalmente varia entre 21°C e 25°C na costa gaúcha.
O veranista estranha a água quente, mas gosta. De férias em Torres desde o período do Natal, a estudante Catarina Marques Maia diz que nunca curtiu tanto um verão quanto esse. A água quente foi o principal fator responsável pela curtição de Catarina.
Pescador precisa ir onde água está fria
Além dos veranistas, os peixes também sentiram a diferença. Espécies clássicas como o papa-terra e o cação estão mais escassas nas redes dos pescadores, dando lugar a outras mais adaptadas ao clima quente, como o atum. Anchova, tainha, corvina e peixe-espada são outras variedades do clima tropical que têm aparecido na pesca de Jaime Souza da Silva, de Xangri-lá. Para capturá-las, ele precisa ir mais longe, a cerca de três quilômetros da costa, onde a água está mais fria.
– Na orla, está muito quente. Não estamos conseguindo pegar nada – justifica.
Outro que tem notado a mudança é Paulo Mattos. Um instrumento no bote que pesca em Rainha do Mar marcava, na manhã de segunda-feira, 27,1°C. Os quase cinco graus a mais em relação ao ano passado estão impactando a diversidade de peixes, mas não a quantidade. No verão, ele tira por dia cerca de 120 quilos de pescado, uma média boa para quem pratica a pesca artesanal profissional.
São cinco redes de 300 metros espalhadas em cinco pontos do oceano, colocadas quando o sol se põe e retiradas na manhã seguinte. Após driblar as primeiras ondas da arrebentação, Paulo ingressa em alto-mar para conferir o resultado. Seleciona um por um dos exemplares capturados. Aqueles cuja pesca é proibida ou sem valor comercial, ele descarta.
O aquecimento da água não prejudicou o negócio de Paulo. Pelo contrário: com a frota de botes de fibra que ele construiu com financiamento do Ministério da Pesca, está forrando as redes de peixe, e aproveitando a temporada para vender tudo o que pode. Depois da Páscoa, sai de férias e só volta a pescar no inverno.
MAR MAIS QUENTE
Dados sobre a temperatura da superfície do mar (TSM) entre dezembro de 2013 e 10 de fevereiro confirmam o aquecimento do oceano no Rio Grande do Sul.
• A temperatura média do mar na costa do Rio Grande do Sul, segundo a climatologia, normalmente varia entre 21°C e 25°C.
• Em dezembro e janeiro, a temperatura esteve entre 3°C a 4°C acima da média. Nos primeiros 10 dias de fevereiro, a variação ficou entre 1,5°C e 3°C.
• No último mês, registrou-se uma variação de 1,5°C até 4,5°C acima da média.
Fonte: Francisco Eliseu Aquino, chefe do Departamento de Geografia/UFRGS
Fonte; Jornal Zero Hora RS
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem." (Os 4, 1-3)
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