15.06.2013 - Nota de www.rainhamaria.com.br - por Dilson Kutscher
Só posso dizer o seguinte sobre este triste fato: Se fosse um bebê filho do governador do Pará ou do prefeito de Belém,, que tivesse também falecido neste hospital, a coisa seria bem diferente. Desculpas não faltam para justificar tantas mortes de bebês num curto espaço de tempo. Quando um fato destes ocorre com os ricos e poderosos, ELES vão ate as últimas consequências para achar os culpados e punir de uma forma severa. Nem preciso dizer mais nada.
Noticia
Governo do PA garante que morte de bebês não foi por infecção hospitalar
O Governo do Pará negou, nesta sexta-feira (14), que a morte de 25 bebês na Santa Casa de Misericórdia nos 12 primeiros dias do mês de junho de 2013 tenha sido provocada por infecção hospitalar. O caso foi denunciado ao Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) por um funcionário da maternidade, que trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.
Em entrevista coletiva, concedida na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) nesta sexta, a presidente em exercício da Santa Casa, Cínthya Pires, informou que grande parte das mulheres que chegam à maternidade do hospital tem menos de 18 anos, e a maioria não fez o pré-natal adequado. "São crianças que nascem com patologias graves, de mulheres que muitas vezes não tiveram pré-natal, ou que não fizeram o pré-natal adequado. O que a gente pode garantir é que não há aumento da taxa de infecção hospitalar da Santa Casa", ressaltou.
A presidente da Santa Casa, maior maternidade pública de Belém, disse ainda que alguns dos recém-nascidos que vieram a óbito são de extremo baixo peso, geralmente vindos de outras localidades do estado com patologia grave. A gestora afirma que as mortes aconteceram porque a maioria dos bebês nasceu prematuro, abaixo do peso ou com alguma doença congênita.
Cínthya Pires destacou ainda que, nos meses de junho e julho, a demanda de partos na maternidade aumenta e os recém-nascidos que faleceram chegaram ao hospital em gravíssimo estado, devido a quadros infecciosos, e foram transportados de maneira inadequada, sem acompanhamento médico e até sem oxigênio. Ela ressalta ainda que alguns dos recém-nascidos faleceram antes de completar 48h de vida.
Do total de mortes, apenas três estão relacionadas a infecção hospitalar, segundo Cínthya. “É importante destacar que não existe nenhum surto de infecção na Santa Casa. Muito pelo contrário. Neste ano o índice de infecção baixou devido ao grande trabalho de vigilância realizado pelo hospital”.
O secretário de estado de saúde, Hélio Franco, reitera a afirmação. “Foram três bactérias diferentes, o que descaracteriza surto, pois só podemos considerar surto quando há pelo menos quatro casos de apenas uma bactéria”. O secretário alegou que os óbitos ocorreram pelo nascimento prematuro dos bebês, que teriam peso abaixo de 1,2 Kg.
Os números divulgados pelo Governo do Estado apontam que, comparando com os cinco primeiros meses de 2012,, a taxa de mortalidade é quase a mesma: 3,1% (em 2012) para 3,2% (em 2013).
Cínthya Pires ressaltou que a Fundação Santa Casa vem promovendo, junto com a Sespa, um permanente controle sobre a assiduidade e pontualidade dos servidores, melhoria salarial, pagamentos de plantões extras e até contratação de novos servidores, com atenção a cada novo evento, além da permanência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) nas Unidades, e criação de novos leitos.
Os relatórios da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa e as atas das assembleias do Sindmepa foram encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Ministério da Saúde, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além da Sociedade Médico-Cirúrgica.
Fonte: G1
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