29.05.2013 -
O atendimento nos hospitais públicos de Teresina ainda tem gerado reclamações por parte da população. A superlotação e a falta de médicos estão entre os principais motivos do problema.
No Hospital Mariano Castelo Branco, no residencial Francisca Trindade, Zona Norte de Teresina, a situação chegou ao extremo com pacientes aguardando até uma semana na fila para conseguir marcar uma consulta.
Em entrevista à TV Clube, a dona de casa Francisca Melo contou que há seis meses tenta marcar uma consulta ginecológica e não consegue. “Quando a gente chega aqui as vagas já estão preenchidas. Sempre falam que não tem mais vagas para nenhuma especialidade, as vezes dormimos aqui e não conseguimos atendimento”, reclamou.
Em busca de uma consulta para a mãe, Zenaide Conceição chegou a fila nas primeiras horas da madrugada. “Todos nós ficamos triste com a situação. Faz medo a pessoa morrer e não conseguir atendimento”, disse a dona de casa.
O lanterneiro Gilvan Vieira chegou cedo para ser o primeiro da fila, mas isso só porque ele chegou às 16h do dia anterior. “É a terceira vez que venho marcar e quando chego no atendimento não tem vagas. Ainda tenho dúvidas se vou conseguir hoje”, relatou Vieira, que já estava há 15 horas na fila.
No meio da multidão, Desterro Gomes estava na fila para conseguir atendimento para a filha que estava com febre e dores no corpo. “Já vim uma vez e não consegui, por isso cheguei ontem para ver se consigo hoje”, contou, denunciando ainda que existe pessoas que vendem vagas no local. “Tem gente que dorme aqui na fila para no dia seguinte vender a vaga”, relata.
Quando as portas do hospital são abertas às 7h ocorre uma correria em direção a atendente, mas as senhas na mãos não é garantia de atendimento. “Acabaram de nos informar que o médico do plantão não apareceu para atender os pacientes. Agora só na próxima semana. Quem depende do SUS (Sistema Único de Saúde) é desse jeito”, falou a dona de casa Célia Alves.
O diretor da Fundação Hospitalar Municipal, Aderival Andrade, reconheceu o problema e atribuiu a questão à falta do profissional no plantão da urgência e ao pequeno número de profissionais. “Essa unidade de saúde é o nosso mais novo hospital e estamos com problemas de conseguir profissionais devido à distância. Não tem concursados e a maior parte do quadro é de profissionais sem concurso e as escalas ainda não estão completamente fechadas”, explicou o diretor.
Fonte: G1 noticias
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