04.05.2013 -
Pessoas que buscam atendimento médico no Centro de Saúde Djalma Loureiro, localizado no bairro do Clima Bom II, em Maceió, vem enfrentando sérias dificuldades para conseguir consultas. Segundo relatos dos moradores do populoso bairro da periferia da capital alagoana, a via-crúcis para conseguir uma ficha no posto de saúde que abre às 7 horas da manhã começa no dia anterior.
As fichas distribuídas para atendimento são limitadas e se esgotam minutos após a abertura do centro médico. Assim, quem necessita do serviço público precisa pernoitar na porta e enfrentar os perigos da noite em uma rua que não possui iluminação e segurança.
O vigilante Rinaldo José Gomes conta que este é o único posto da região e diz que, além da dificuldade em conseguir a ficha que dá direito ao atendimento, o número de médicos na unidade é insuficiente para atender a quantidade de pessoas que buscam o serviço público.
“Para conseguir atendimento aqui é um sufoco. Já aconteceu de eu chegar às 20h e mesmo assim não conseguir ficha pela manhã. Por isso que dessa vez cheguei às 14h. Parece exagero, mas não é. Além do mais, são apenas dois médicos para atender toda população do Clima Bom II”, expõe Rinaldo José.
Ele se queixa também da desorganização e da falta de iluminação no local. “Poderiam organizar melhor o atendimento, disponibilizar mais profissionais, mas não, somos obrigados a passar a noite aqui, nesse escuro, se arriscando a levar um tiro”, completa.
A funcionária pública Cristiane Leite diz que a partir das 18h já há filas no local. “Eu hoje passei aqui no final da tarde e já havia muita gente na porta. Algumas deixam lugar marcado e voltam para casa, outras passam a noite toda aqui”, relata.
De acordo com Cristiane, além dos problemas no atendimento faltam medicamentos básicos no posto de Saúde. “Não tem nem remédios populares. Se você vier aqui atrás de um medicamento para dor de cabeça, não encontra. Nem um encaminhamento para realizar um exame você consegue na hora. Precisa vir várias vezes”, diz.
Fonte: G1 Alagoas
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