15.03.2013 - Em 2006, o jornal argentino La Nacion noticiou sobre um evento ecumênico com a presença de evangélicos pentecostais e católicos carismáticos, em que o então cardeal Bergoglio participou, ajoelhou e recebeu oração e benção de um pastor protestante.
Cardeal Bergoglio ajoelhado recebendo uma benção do pastor
O texto da notícia diz que “o momento mais emocionante foi a recepção dada ao cardeal Jorge Bergoglio, que liderou uma breve saudação e perguntou, como de costume, se poderiam orar por ele. Os pastores o levaram a sério, e o cardeal se ajoelhou e pediu a todos os presentes que orassem .
O evento, que reuniu sete mil católicos e evangélicos e contou com uma ministração do cantor gospel mexicano Marcos Witt, Bergoglio dizia que começava a ver uma “diversidade reconciliada” entre católicos e evangélicos.
A seguir um artigo enviado pela sra. Luzia Stella - Curitiba - PR
Uma pergunta catolicamente chata e, para muitos, inoportuna: o que esperar de um ecumenista convicto à frente do Papado?
Um bispo católico que se ajoelha diante de um pastor evangélico para receber o “dom” da sabedoria ecumênica manifesta, com tal ato, algum tipo de humildade? E outra: é verdadeira humildade calar a verdade da fé no “diálogo” com outras religiões ou seitas?
À primeira pergunta podemos responder dizendo o seguinte:
1- se Cristo nada tem a aprender com Nicodemos, muito menos terá a aprender com Lutero e seus descendentes; e...
2- a verdadeira humildade, antes e acima de tudo, é uma reverência pela qual o homem se submete a Deus, como ensina Santo Tomás. Nas palavras do Doutor Comum, o homem deve submeter-se ao próximo única e exclusivamente naquilo em que nele há de semelhança com Deus (cfme. Suma Teológica, II-II, q.161, art. 3, resp), e não no que nele haja de humano ou de não cristão — ou ainda de falsamente cristão, o que é pior.
A regra da humildade cristã é a verdade evangélica, da qual a Igreja Católica é a única custodiadora, por missão divina. Esta é a doutrina bimilenar, quer gostemos, quer não. Quer o mundo a aceite, quer não. Por isso a Igreja sempre foi um signo de divisão e os líderes de seitas cristãs sempre foram chamados pelos Papas a se arrepender e a retornar à Santa Madre Igreja — isto até que batesse o vendaval do Vaticano II e inaugurasse um virulento ecumenismo totalmente anticatólico... intra muros Ecclesiae!
O único diálogo possível é o apostólico: convertam-se à religião verdadeira fundada por Cristo, o Verbo encarnado. Simples desta forma: sim, sim, não, não.
Ai, que coisa chata e antiquada! Ai, que coisa antimoderna e antidialogante! Ai, quanta intolerância!
Pois bem. O recém-eleito Papa Francisco tem um passado de grande propagador do ecumenismo — que, dentre os crimes contra a fé, talvez seja o pior de todos, por seu caráter insidioso e corrosivo. Então repitamos a pergunta do título, incômoda para muitos no momento presente: o que esperar de um Papa ecumenista convicto? Resposta: o milagre de uma conversão à doutrina católica integral.
É possível? Sim. É provável? Não, pois a história da Igreja está aí para nos mostrar que o modo ordinário de Deus agir não é este.
A hora é grave. Gravíssima. Um divisor de águas se aproxima e parece que todos teremos de tomar uma posição clara em breve — inclusive muitos dos chamados conservadores “linhas-médias”.
Movido pelo Espírito Santo, o Papa Francisco contrariará o Cardeal Bergoglio? Ou dará razão a Leonardo Boff, para quem ele é a grande esperança do estabelecimento de uma Igreja pancristã mundial, ou seja, a abominação da desolação no lugar santo?
Logo saberemos.
P.S. Queríamos, de verdade, postar algo muito, muito diferente — num dia tão festivo para a maioria dos católicos. Mas estas são indagações que, a nosso ver, todo católico verdadeiramente amante da Igreja deveria fazer na hora presente. Além de rezar sobretudo pelo Papado, ao qual o Papa deve servir. Isto por um motivo bem simples: nenhum Papa está acima do Papado.
Por Sidney Silveira - Fonte: http://contraimpugnantes.blogspot.com.br
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