21.11.2012 - Por Dilson Kutscher
Da cidade de Porto Alegre RS, vem um relato do tempo de grande apostasia que estamos vivendo. Não gostaria de alongar-me muito no que vou dizer, pois, francamente se vocês soubessem das mensagens que recebo via e-mail, contando das barbaridades que acontecem em muitas paróquias pelo Brasil, somente com muita paciência, fé e perseverança, para continuar nesta trincheira de combate, a serviço dos Sagrados Corações, do Rei Jesus e da Rainha Maria.
Vamos ao fato: (nomes serão preservados, não quero expor, nem quem depositou a confiança em contar-me, nem constranger o sacerdote que com sua atitude mundana, escandalizou uma senhora extremamente católica tradicional, devotíssima de Nossa Senhora, que presenciou tal fato grotesco com seus olhos.
Uma senhora, de 80 anos (idade exata), chega para confessar-se junto ao sacerdote de uma Paróquia no Centro da cidade de Porto Alegre, indo até a secretaria, perguntou se podia fazer sua confissão com o sacerdote. A moça que atendia disse que ela aguardasse algum tempo, pois ele havia saído para fazer sua caminhada, exercício físico, popular cooper, corridinha para ficar em forma, aquelas coisas...
A senhora então foi esperar na Igreja, junto ao Altar, ajoelhada fazendo suas orações.
A moça foi até ela e disse que o sacerdote já havia retornado e a aguardava na sala do confessionário.
Quando essa senhora chegou ao confessionário (uma sala), acredite se quiser... o sacerdote a aguardava para confissão, usando o seguinte traje: Tênis, calção (short), camiseta esporte e a Estola.
A senhora ficou horrorizada, perplexa, congelada e escandalizada com tal visão de um sacerdote exercendo a grande responsabilidade do Sacramento da Reconciliação, em trajes que desrespeitam as tradições da Santa Igreja Católica Apostólica Romana e com isto parece zombar até de DEUS Pai, Filho e Espirito Santo. (que mais se pode concluir?)
Que mais posso dizer desta atitude repulsiva, rebelde e desrespeitosa ao Sagrado Sacramento da Reconciliação?
Poderia escrever linhas e linhas, mas para mim, este “sacerdote” passa uma mensagem muito clara com sua atitude apostata: Não acredita verdadeiramente mais na Santa Igreja. Nem zela mais pelo rebanho que foi confiado a ele pelo BOM PASTOR JESUS.
Disse o Papa Bento XVI, em 11 de março de 2010: Vivemos em um contexto cultural marcado por uma mentalidade hedonista e relativista, que procura eliminar Deus do horizonte da vida... Nas condições de liberdade em que, hoje, podemos exercer o ministério sacerdotal, é necessário que os padres vivam de modo “muito mais intenso” a sua resposta à vocação, porque somente aqueles que se tornam no dia a dia presença viva e clara do Senhor podem suscitar nos fiéis um senso de pecado, dar coragem e fazer nascer o desejo do perdão de Deus.” A “crise” do sacramento da Penitência, de que muitas vezes se fala, interpela, acima de tudo, ao padre e sua grande responsabilidade de educar o Povo de Deus às radicais exigências do Evangelho. Em particular, peço que vos dediqueis generosamente à escuta da confissão sacramental; que guiem com coragem o rebanho, para que ele mesmo não se conformem com este mundo (cf. Rm 12, 2), mas saiba fazer escolhas também contra a corrente, evitando a acomodação ou compromissos com ela. (Papa Bento XVI, Discurso à Penitenciária Apostólica, § 4-5; 11 de março de 2010)
Já o Papa João Paulo II, em uma carta endereçada ao Cardeal Vigário exprime seu pensamento sublinhando mais uma vez a importância do uso do hábito, “testemunho da identidade do padre e de que pertence a Deus” ... “em um mundo tão sensível à linguagem das imagens”.
É, caro sacerdote mundano e moderninho, da Paróquia Nossa Senhora.....no centro da cidade de Porto Alegre RS, sua pessoa exerce uma atividade esportiva, seu cooper, trajando suas vestes mundanas, mas será que em outros momentos na vida diária tem usado a vestimenta adequada, isto é, o “clergyman” ou a batina preta, já que o Código de Direito Canônico estabelece que “os clérigos devem portar um hábito eclesiástico digno”, pois um homem de Deus, deveria ser reconhecível aos olhos da sua comunidade, ou estou errado nas minhas colocações?
Um sacerdote que passa de batina nas ruas faz aquele que está afastado da Igreja há algum tempo lembrar que ele precisa se reconciliar com Deus, mas então no caso deste moderno pároco, faz lembrar que DEUS não é mais importante, necessário e respeitado nem pelos seus sacerdotes, o que dirá para o povo.
A batina é um sinal de consagração a Deus. Já calção/short, camiseta esporte e tênis, um sinal de consagração as modas e novidades do mundo.
Agora, trajar isto dentro da Casa de Deus, na sala do confessionário, usando a também a Estola, que simboliza o serviço sacerdotal que o padre realiza como servidor de Cristo, realmente é o Fim dos Tempos.
Como disse um evangelista num artigo sobre o uso do Traje Clerical:
Muitas vezes a salvação de dezenas de almas depende do uso daquela roupa negra e austera pelos sacerdotes.
"Batina é o distintivo, a farda de um soldado. Já viste policial, um reles deles, sem farda? Sem farda ele perde a autoridade. Também assim é o padre. Se ele não estiver a usando ele se mistura ao povo, e o povo "o engole".
Disse certa vez o Santo Dom Bosco: "O padre não vai sozinho para o céu. Nem para o inferno. Se agir bem, irá para o céu com as pessoas que ajudou com seu bom exemplo. Se for infiel, se se envolver em escândalos, se perderá com as pessoas condenadas por seu escândalo".
O Santo Padre Pio resume numa frase: "O Sacerdote, ou é um Santo, ou é um demônio." Ou santifica, ou arruína.
Eu, procurando uma explicação mais realista, adaptada aos tempos modernos, somente ainda posso pensar, que o referido sacerdote, com sua atividade, pelo visto diária de corrida, só pode estar preparando-se para disputar, quem sabe as olimpiadas de 2016 aqui no Brasil. Quem sabe se alguma Maratona será realizada em Porto Alegre?
Estimado Sacerdote da Paróquia Nossa Senhora....no centro de Porto Alegre RS:
Diz na Sagrada Escritura:
"Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai.
Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo.
O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente". (I João 2, 15 – 17)
Como alguém que tem parte no Santo Sacerdócio de Cristo, o sacerdote deve ser exemplo da humildade, da obediência e da abnegação do Salvador. A batina o ajuda a praticar a pobreza, a humildade no vestiário, a obediência à disciplina da Igreja e o desprezo das coisas do mundo. Vestindo a batina, dificilmente se esquecerá o sacerdote de seu importante papel e sua missão sagrada ou confundirá seu traje e sua vida com a do mundo.
Que DEUS possa Iluminar o coração deste Seu servidor, o Sacerdote...
Por Dilson Kutscher - www.rainhamaria.com.br