23.07.2012 - É polêmica na Costa Rica em relação a um projeto que prevê a introdução da educação sexual nas escolas, a partir do próximo ano letivo.
Como informa o jornal vaticano L’Osservatore Romano, foi, em particular, a Aliança evangélica que criticou o plano do governo, ao ponto de levar este último a intervir, esperando que “o debate sobre a educação sexual nas escolas públicas, a partir de 2013, possa ser realizado sem ‘radicalismos’ a partir de uma análise mais objetiva possível e sobre uma base que vise reduzir, entre os vários objetivos, a gravidez entre as adolescentes do País”.
É o que declarou à agência EFE a Presidente da República, Laura Chinchilla, que respondeu assim às objeções levantadas pela Aliança evangélica, que também entrou com recurso contra o plano oficial do Governo motivando que a educação sexual é um assunto e uma tarefa que diz respeito só e unicamente a família.
O Ministério da Educação explicou que a educação sexual é essencial para reduzir o número de adolescentes grávidas, que representa o 20% de todas as crianças que nascem a cada ano na Costa Rica. O Ministro, Leonardo Garnier, insistiu no fato de que o programa didático não pretende mudar os valores de ninguém, mas quer promover o respeito e viver de maneira responsável a própria sexualidade. Mas para o líder da Aliança evangélica, “o ensino da disciplina nas escolas irá gerar mais curiosidade e uma cultura do hedonismo e do prazer.
Destas aulas – concluiu -, os jovens vão sair com a intenção de se auto-explorar e de explorar” sem, portanto, refletir adequadamente sobre o significado profundo da sexualidade. Anunciou também que pretende apresentar à Corte suprema 3 mil assinaturas contra a iniciativa do Governo.
Por sua vez, a Conferência Episcopal Católica apresentou dois anos atrás uma proposta de educação sexual, consciente que “para a Igreja, a educação integral da pessoa foi e é sempre uma preocupação prioritária para que se viva a sexualidade integrada numa vida de amor”.
Há vários anos, a Conferência Episcopal da Costa Rica publica documentos com conteúdos formativos completos sobre este tema, entre os quais à Educação à sexualidade para os pais e os educadores e Sexualidade: dom e responsabilidade.
“Com estes e outros textos – explicaram os bispos – apresentamos orientações sobre temas que, às vezes, parecem pouco conhecidos no plano acadêmico e doutrinal nas paróquias e na mesma sociedade”. Os textos foram, portanto, propostos como um meio ao serviço da paróquia e de toda a cidadania, com indicações práticas a serem inseridas no processo pastoral relacionado com a educação, e com a participação de vários agentes pastorais.
Neste projeto educativo foi destacada, sobretudo, a dimensão transcendente da pessoa, como ser completo, fruto da harmônica fusão entre espírito e corpo.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
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