11.07.2012 - Líder de uma igreja protestante da Holanda, o Pr. Klaas Hendrikse despertou o interessa da mídia internacional por conta de seus ensinos sobre Deus e a fé. Autor do livro Acreditar em um Deus não existente, Hendrikse revela sua descrença na existência do Jesus histórico. Descrições bíblicas como o nascimento virginal, ressurreição e milagres atribuídos ao Filho de Deus são, segundo ele, eventos simbólicos ou mitológicos. Como exemplo, cita os autores Sócrates e Dionísio e suas crenças mitológicas. Além de sua posição sobre Jesus, Hendrikse afirma não acreditar na vida após a morte.
De família não religiosa, Klaas Hendrikse nasceu em 1947. Influenciado por um amigo de trabalho, em uma empresa de máquinas copiadoras, entre 1977 e 1983 estudou Teologia na Universidade de Utrecht, mesma época em que foi ordenado pastor. Suas reflexões nas Escrituras levaram-no a desenvolver uma série de contra-argumentos em torno da pessoa de Jesus. ficou conhecido como “pastor ateu” após declarações a jornais locais. Apesar da polêmica, Hendrikse não é o único pastor ateu da Holanda. De acordo com um estudo da Universidade Livre de Amsterdam, um em cada seis clérigos da Igreja Protestante Holandesa é agnóstico ou ateu (1).
“Quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?” (Lc 18,8).
CRISE CATÓLICA
Uma pesquisa da Universidade Católica Portuguesa sobre crença religiosa indica que o número de católicos está decrescendo em Portugal, ao contrário da quantidade de protestantes e Testemunhas de Jeová, que seguem tendência inversa. Um estudo realizado em 2011 aponta para uma perda de católicos na ordem de 7,4 por cento numa década.
O estudo, realizado pelo Centro de Estudos de Religiões e Culturas da Universidade Católica, compara dados de 1999 e 2011 e tem como objetivo perceber de que modo os portugueses evoluem em sua crença religiosa.
Apesar desse decréscimo, a religião católica continua a dominar, com 79,5 por cento, ainda que em contraste com os 86,9 por cento de 1999.
A perda de cidadãos que se dizem católicos implica um aumento de protestantes e Testemunhas de Jeová (de 2,7 por cento em 1999 para 5,7 por cento em 2011), mas também resulta de um aumento de agnósticos e de ateus. Há hoje 14,2 por cento de pessoas que não têm qualquer religião, o que contrasta com os 8,2 pontos percentuais de há cerca de uma década.
De acordo com este estudo, a diversidade religiosa está aumentando em Portugal.
A EUROPA PARA O ISLÃ
Vinte e cinco milhões de exemplares do Corão, o livro sagrado do Islã, é a meta de distribuição da rede A Verdadeira Religião na Europa ocidental. Sediada na Alemanha, a organização é liderada pelo milionário comerciante palestino Ibrahim Abu Nagie, que vive na cidade de Colônia e planeja colocar um exemplar em cada lar do país. A ação, denominada Lies! (“Leia!”, em alemão), deve se estender à Áustria e à Suíça, países que, como a Alemanha, vivem um declínio da fé cristã. O Islã é hoje a crença que mais cresce na Europa, sobretudo devido à imigração (2).
DISSE XEQUE YUSUF AL QARADAWI
País: Egito
Grupo: Irmandade Muçulmana
“Depois da libertação do Iraque, faltará conquistar Roma. Isso significa que o Islã vai retornar à Europa pela terceira vez. Vamos conquistar a Europa. Vamos conquistar a América”.
Em uma conferência promovida pela Maya, organização de muçulmanos jovens, em Toledo, Estados Unidos, em 1995.
“O plano do estado muçulmano é se expandir até cobrir toda a Terra”.
Em artigo escrito em 2007 para o site IslamOnline.net
DISSE ABDESSALAM YASSINE
País: Marrocos
Grupo: Justiça e Caridade Islâmica
“As piores bestas aos olhos de Alá são os apostatas que não têm fé”.
No livro Ganhando o Mundo Moderno para o Islã, de 2000 (3).
MORTE AOS CRISTÃOS
Ouvimos falar com frequência de muçulmanos como vítimas de abuso no Ocidente e dos manifestantes da Primavera Árabe que lutam contra a tirania. Outra guerra completamente diferente está em curso – uma batalha ignorada, que tem custado milhares de vidas. Cristãos estão sendo mortos no mundo islâmico por causa de sua religião. É um genocídio crescente que deveria provocar um alarme em todo o mundo.
Nos últimos anos, a opressão violenta das minorias cristãs tornou-se a norma em países de maioria islâmica, da África Ocidental ao Oriente Médio e do sul da Ásia à Oceania. Em alguns países, o próprio governo e seus agentes queimam igrejas e prendem fiéis. Em outros, grupos rebeldes e justiceiros resolvem o problema com as próprias mãos, assassinando cristãos e expulsando-os de regiões em que suas raízes remontam a séculos.
Deveria ficar claro, a partir desse catálogo de atrocidades, que a violência contra os cristãos é um problema importante e pouco denunciado. Não, a violência não é planejada centralmente ou coordenada por alguma agência islâmica internacional. Nesse sentido, a guerra mundial contra os cristãos não é nem um pouco uma guerra tradicional. É uma expressão espontânea de uma animosidade anticristã por parte dos muçulmanos que transcende cultura, região e etnia.
Nina Shea, diretora do Centro pela Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, de Washington, disse numa entrevista para a revista Newsweek que as minorias cristãs em muitos países de maioria muçulmanas “perderam a proteção de suas sociedades” (Época, 28/05/2012, pp. 60 e 62).
No Brasil, pesquisam, indicam o aumento da migração religiosa entre os brasileiros, o surgimento dos evangélicos não praticantes e o crescimento dos adeptos ao Islã. Em um intervalo de seis anos, mais de quatro milhões de evangélicos deixaram de ter vínculo com igrejas (4).
“Apesar da sua influência no mundo, infelizmente, o evangelicalismo brasileiro é muitas vezes excessivamente emocional e anti-intelectual, permitindo que a Igreja brasileira caia nos retrocessos e desvie-se para a heterodoxia e até mesmo sincretismo religioso”, disse Dr. William L. Craig, Teólogo Americano.
Pe. Inácio José do Vale
Pesquisador de Seitas
Professor de História da Igreja
Instituto Teológico Bento XVI
Sociólogo em Ciência da Religião
www.rainhamaria.com.br
Notas
(1) Apologética Cristã, edição, 14, pp. 10 e 11.
(2) Cristianismo Hoje, edição, 29, p. 8.
(3) Veja, 02/03/2011, pp. 96 e 97.
(4) Isto é, 24/08/2011, p. 62.