15.06.2012 - Pesquisadores descobriram novas evidências de que os restos mortais misteriosos encontrados em um antigo relicário dentro de um mosteiro na Bulgária pertencem a João Batista. As relíquias foram encontradas em um sarcófago pequeno de mármore em 2010 na ilha búlgara de Sveti Ivan, que significa, literalmente, “São João”.
Os restos – pequenos fragmentos de um crânio, ossos de um maxilar e um braço, e um dente – foram descobertos em um altar nas ruínas do antigo mosteiro, construído no século 5. João Batista é especialmente reverenciado pela Igreja Ortodoxa Oriental.
Os arqueólogos da Universidade de Oxford realizaram testes de datação por carbono 14 e
constataram que a falange analisada, de fato, data do século I. Ou seja, é da época em que viveu o personagem bíblico, parente de Jesus, afirmou a Universidade em um comunicado.
Na quinta-feira, a equipe anunciou que existem evidências científicas para apoiar essa alegação extraordinária. Os resultados serão apresentados ao mundo no próximo domingo, em um documentário exibido no canal National Geographic da Grã-Bretanha.
Cientistas da Universidade de Copenhague analisaram o DNA dos ossos, descobrindo que eles pertenceram a um único indivíduo, provavelmente homem, de uma família do Oriente Médio, onde João teria vivido.
Embora estes resultados não ofereçam evidências conclusivas, também não refutam a primeira teoria dos arqueólogos búlgaros que encontraram os restos. Muitos sites ao redor do mundo alegam que a cabeça de João historicamente está guardada na Grande Mesquita de Damasco.
“Ficamos surpresos quando a datação por radiocarbono provou que é algo tão antigo”, disse o professor de Oxford Tom Higham, que liderou o estudo. “Tínhamos suspeita de que os ossos seriam mais recentes, talvez dos séculos III ou IV. O resultado da análise do osso da mão é claramente compatível com alguém que viveu no início do século primeiro”.
Mas ele alerta: “Se essa pessoa realmente é João Batista é uma questão que ainda não podemos responder e provavelmente nunca poderemos”.
O fato é que os arqueólogos búlgaros encontraram uma pequena caixa feita de cinza vulcânica endurecida próximo ao sarcófago. Essa caixa trazia inscrições em grego antigo, referindo-se a João Batista e a data que os cristãos deveriam celebrar seu nascimento, 24 de junho.
O texto pede também a ajuda de Deus para “nosso servo Thomas”, que segundo teorias seria o encarregado de levar estas relíquias para a ilha búlgara. A análise da caixa revelou que ela possivelmente é originária da Capadócia, região da Turquia moderna.
Os resultados apontados por outro pesquisador de Oxford, Christopher Ramsey, que utilizou documentos históricos, sugerem que o mosteiro de Sveti Ivan pode ter recebido as relíquias de João Batista nos séculos quinto ou sexto cedo.
Traduzido e adaptado de Telegraph -- Gospel Prime