13.03.2012 -
Uma lésbica da capital do Estados Unidos quer que um padre católico seja dispensado de suas funções após lhe ter negado a Comunhão no funeral de sua mãe, em Maryland, porque ela vive com outra mulher, disse ela na quarta-feira.
Por Joe Danielewicz, Reuters – Tradução: Fratres in Unum.com
A arquidiocese local se desculpou pelas ações do Padre Marcel Guarnizo, porém, Barbara Johnson, que é gay e vive com a sua parceira lésbica, disse que isso não é o suficiente.
Guarnizo celebrou uma missa de réquiem por Loetta Johnson, no sábado, na Igreja Católica de São João Neumann, em Gaithersburg, cerca de 25 milhas a noroeste de Washington. Ele contou aos fiéis que somente os que estivessem em “estado de graça” poderiam receber a Comunhão, disse Johnson.
Johnson disse que quando ela se aproximou, o padre cobriu a âmbula com a mão, “olhou-me nos olhos e disse ‘Eu não posso lhe dar a Comunhão porque você vive com uma mulher’”.
O padre falou a ela “aos olhos da igreja que era pecado,” disse. Ela e sua família contaram à Arquidiocese de Washington, que emitiu um pedido de desculpas.
Os ensinamentos da Igreja Católica condenam o homossexualismo, e a Igreja considera pecaminosos os atos homossexuais. Porém, a Arquidiocese disse em uma declaração que perguntas sobre o direito de uma pessoa de receber a Comunhão deveriam ser discutidos privadamente e que não era a política [da arquidiocese] “repreender publicamente” os fiéis.
A arquidiocese não comentou o status de Guarnizo, mencionando a questão como um assunto pessoal. Johnson disse que ela não quer se concentrar no incidente como uma questão de direitos homossexuais, mas sim que o padre deixe de fazer trabalho pastoral pela maneira como ele tratou a cerimônia de sua mãe.
“Pedimos veementemente que a Igreja tome essa decisão, para que isso não aconteça com outras pessoas, a nenhuma outra família,” disse Johnson. “Essa é a coisa certa a fazer.”
“Acho que todo mundo tem talentos, e a minha família acredita que desempenhar as responsabilidades de um pároco não está em sua lista de talentos,” acrescentou.
* * *
Nota da redação: De acordo com Life Site News, a distinta dama, que se declara budista, apresentou-se ao Padre antes da Missa, juntamente com sua “amante” de apenas 19 anos. Já ali ela havia sido avisada de que não poderia receber a Sagrada Comunhão. Mesmo após ter a Comunhão negada pelo Padre, ela teimou em comungar e o fez em outra fila, com um Ministro Extraordinário da Comunhão. Mais um motivo para eliminá-los!
O cânon 915 do Código de Direito Canônico adverte aos sacerdotes para negarem a Comunhão àqueles que persistentemente se obstinarem em pecado grave manifesto.
Já o Arcebispo de Washington, o Cardeal Donald Wuerl, se envolveu em polêmica semelhante em 2009 ao dizer que não negaria a Comunhão à deputada abortista Nancy Pelosi, alegando que fazê-lo seria equivalente a usar a comunhão como uma arma. Ao ser indagado, ele respondeu que “há uma controvérsia sobre se este cânon [915] foi planejado para ser efetivamente usado”. Ah, sim! Ele deve ter sido redigido e promulgado sob o Papa João Paulo II apenas para enfeitar o Novo Código de Direito Canônico!
E para completar, após se desculpar perante a “ofendida”, a Arquidiocese, através de seu bispo auxiliar, acaba de divulgar a punição ao Reverendíssimo Padre Marcel Guarnizo:
Nossa tradução:
Arquidiocese de Washington
9 de março de 2012
Prezado Irmão Sacerdote,
Escrevo-lhe para comunicar que, a vigorar a partir de hoje, a designação do Padre Marcel Guarnizo na Paróquia de São João Neumann está cancelada, e o mesmo entra em licença administrativa, tendo suas faculdades suspensas até o momento em que uma investigação de suas ações na paróquia for concluída. O Padre Guarnizo é um sacerdote da Arquidiocese de Moscou, Rússia, tendo atuado como vigário paroquial na paróquia desde março de 2011.
Esta ação foi tomada depois que recebi alegações confiáveis de que o Padre Guarnizo se envolveu em comportamento intimidador com funcionários da paróquia e outras pessoas, o que é incompatível com o apropriado ministério sacerdotal.
Dada à grave natureza dessas alegações e em vista da confusão na paróquia e receios expressos pelos paroquianos, o Padre Guarnizo está proibido de exercer qualquer ministério sacerdotal na Arquidiocese de Washington até que todos os assuntos possam ser apropriadamente resolvidos com a esperança de que ele possa retornar ao ministério sacerdotal.
Atenciosamente em Cristo
Reverendíssimo Barry C. Knestout
Vigário Geral e Moderador da Cúria
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