22.12.2011 - Fenômeno é parecido com furacão, mas condições de formação são diferentes.

O leitor Jose Eduardo Stipp Arendt, do município de Manoel Ribas, a 340 quilômetros de Curitiba, registrou um redemoinho de poeira, em uma fazenda da região. De acordo com Arendt, o fenômeno ocorreu por volta das 15h de quarta-feira (21) e durou cerca de meia hora. Segundo ele, ninguém se feriu, mas sacos de cimento chegaram a ser levantados pelo vento, que foi confundido com um furacão.

Nota da Redação: de acordo com o meteorologista Samuel Braun, do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), o fenômeno é comum de ser visto, mas nem todos sabem o que é. “Geralmente, as pessoas veem algumas folhas voando em círculos. Basicamente, é a mesma coisa, só que de maneira mais leve”, explica Braun. Para ele, o redemoinho geralmente não é tão organizado quanto o que Arendt registrou.

Segundo Braun, as condições para que esses redemoinhos se formem são muito calor e baixa umidade do ar. Diferente dos furacões, que só ocorrem em situações de instabilidade e chuva. A estação meteorológica do Simepar mais próxima do local em que foi registrado o fenômeno fica na cidade de Cândido de Abreu. Na hora do redemoinho, a estação registrava uma temperatura de 35ºC e 25% de umidade relativa do ar. “Pelas características de formação, o fenômeno é comum em desertos”, diz.

O meteorologista lembrou ainda que um fenômeno idêntico ocorreu em maio de 2009, em Curitiba. Naquele momento, o redemoinho chegou a destelhar um galpão, no bairro CIC. O fenômeno é comum de ser observado nos estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul, segundo Braun.

Fonte: G1

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