03.04.2016 - Hora desta Atualização - 19h52
Praticamente todos os brasileiros se encontram hoje muito preocupados com a avassaladora crise que se abateu sobre o País.
— Há solução? Procuramos uma palavra do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que ajudasse elucidar a questão, e pareceu-nos encontrá-la numa conferência pronunciada por ele em 3 de dezembro de 1988 para correspondentes e simpatizantes da TFP.
Os excertos reproduzidos abaixo — sem revisão do autor — lançam luz no caminho para sairmos do atual crise.
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O EIXO DE TODA A VIDA DE UM PAÍS É A MORAL
Por *Plinio Corrêa de Oliveira
Na situação brasileira, até que ponto está ameaçado o direito que Deus tem de que sua Religião seja ensinada e apoiada, e que os católicos tenham a liberdade de praticá-la?
Sua Lei tem que ser praticada porque Ele é o Supremo Senhor e Criador de todos os seres. Portanto, a Ele todo mundo deve obediência.
Se analisarmos essas incógnitas, veremos desde logo o seguinte: no âmago desses problemas se encontra uma crise religiosa. Esta vai se tornando cada vez mais evidente.
Os senhores conhecem perfeitamente o que é o progressismo católico. Conhecem os erros, os desatinos, as concessões morais inadmissíveis que esse progressismo vai fazendo à modernidade, aos costumes depravados e sensuais. Conhecem de que maneira os trajes imorais, a promiscuidade entre os sexos e a facilidade com que se consente nas práticas que são contrárias á natureza etc.
Tais erros vão se espalhando, sem nenhuma resistência ponderável por parte dos meios progressistas que, antes pelo contrário, às vezes lhes dão apoio. Por exemplo, padres progressistas que em confessionários dizem a penitentes que eles podem, mesmo depois de casados e divorciados, casarem-se de novo. O que, evidentemente, é contrário à Lei de Deus. A indissolubilidade do vínculo conjugal proíbe o divórcio. E quem se casou uma vez está ligado a um vínculo que só a morte pode romper.
É um vínculo que nem o Papa pode dispensar. O Papa não pode dispensar um casado da obrigação de fidelidade para com a sua esposa, e reciprocamente. A indissolubilidade desse vínculo foi instituída pelo próprio Cristo Nosso Senhor, e ninguém pode dispensar.
Nessa crise, se tomarmos em consideração que o eixo de toda a vida de um País é a moral, onde a moral católica não é praticada, mais cedo ou mais tarde o País soçobra. Vendo até que ponto a moral católica não é ensinada e se favorece a transgressão desta moral em nome de não sei que “renovação religiosa”, então podemos ter ideia de como a consistência moral do povo brasileiro está ameaçada. Tanto mais que sintomas desses, nós os observamos de norte a sul do País, do litoral até o mais interior. A crise avança por todas as partes.
Vemos o povo brasileiro minado por dentro, no que tem de mais fundo, na sua formação religiosa e na sua própria alma, por tais fatores de decadência e desagregação. Também incide sobre o povo um outro fator péssimo: a propaganda contínua da imoralidade difundida pela mídia. Não se abre um jornal, não se liga uma televisão, não se folheia uma revista, não se ouve falar de uma fita de cinema nos quais, de um modo ou de outro, a moral não seja bombardeada.
Portanto, não há dúvida nenhuma a respeito do seguinte: quando a religião sofre uma crise dessa natureza, a ordem política, social e econômica entra em decadência. E, nessas condições, vemos o nosso País, e sobretudo a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, num estado de grande aflição. Julgo que, antes de tudo, o importante é nos convencermos a respeito dessa aflição.
*Plinio Corrêa de Oliveira. Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Fonte: www.abim.inf.br
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Como se não bastasse terem errado acerca do conhecimento de Deus, embora passando a vida numa longa luta de ignorância, eles dão o nome de paz a um estado tão infeliz. Com efeito, sacrificando seus filhos, celebrando mistérios ocultos, ou entregando-se a orgias desenfreadas de religiões exóticas, eles já não guardam a honestidade nem na vida nem no casamento, mas um faz desaparecer o outro pelo ardil, ou o ultraja pelo adultério. Tudo está numa confusão completa - sangue, homicídio, furto, fraude, corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento dos benefícios, contaminação das almas, perversão dos sexos, instabilidade das uniões, adultérios e impudicícias". (Sabedoria 14)
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