30.05.2011 - Conta uma antiga lenda, que o bem e o mal foram juntos tomar banho no mar. Sendo que o mal saiu primeiro da água, e astutamente vestiu a roupa do bem, deixando o bem com a única opção de vestir a roupa do mal. E os dois saíram em trajes trocados pelo mundo afora. Quem estava com a aparência do mal, tentava cativar somente o bem. O outro na aparência de bem, só buscava a desgraça das pessoas. O relato vai de encontro com o que diz a Sagrada Escritura:’”...Parece que os filhos do mal são mais espertos do que os filhos do bem...”
Vestidos com roupas do bem, muitos lobos, conseguem facilmente abocanhar suas presas. Junto e misturado, nos dias de hoje, o bem e o mal caminham lado a lado. Poucos preocupam-se em separa-los quando fazem suas opções. Espiritualmente falando, são raros os meios de comunicação, que transmitem unicamente o bem. Com maioria absoluta, a mídia apresenta programas, que servem tanto para o bem como para o mal. Porém, sabemos todos nós, quais programas alcançam maior audiência. Todo ser humano é agraciado com o dom da liberdade, presente do Senhor. É exatamente o exercício da liberdade, que conduz nossa vida tal qual ela é. Além de criador, Deus é o primeiro a respeitar a liberdade humana. Respeito esse, comprovado pela Sagrada Escritura, quando lemos a comparação do Reino de Deus, com um homem que plantou trigo.
Neste relato, observamos que este homem de família, preparou a terra, e durante o dia, plantou boa semente de trigo. Quando o trigo nasceu, os trabalhadores perceberam que havia nascido também o joio. E surpresos indagaram o proprietário dos campos: O Senhor não plantou boa semente de trigo ? Respondendo a eles disse: é que o inimigo veio a noite, e semeou o joio. Vejam que o inimigo, trabalha na escuridão, ele gosta das trevas, e semear o mal, é tudo o que mais almeja. Respondendo aos trabalhadores que desejavam arrancar o joio, disse o homem:
Não arrancais o joio, porque podereis arrancar também o trigo. No tempo da colheita, vêm o ceifador e arranca primeiro o joio, e amara em feixes para serem queimados. Depois o trigo também é colhido, e recolhido no celeiro. Observamos claramente, o agir de Deus, Ele permite o livre arbítrio, desde a escolha da semente que queremos ser. Se queremos ser plantadores do bem ou do mal. E ainda permite que as pessoas que optaram pelo mal, tenham tempo de mudar a semente que estão sendo. Ou seja, na lavoura de cada um de nós, cada pessoa é seu próprio administrador. Quer liberdade maior e mais responsável do que esta? Há quem, trabalha pelos dois reinos, deliberadamente ou não, pensam que é possível servir a dois senhores ao mesmo tempo. Nem o céu, nem o inferno, aceita o ingresso de uma alma dividida. Portanto, necessário agir sempre pelo bem.
Não podemos perder a essência da semente do bem. Devemos buscar o fortalecimento espiritual, para mais facilmente vencer a tentação da ‘prosperidade do joio’. Seja feita vossa vontade assim na terra como no céu. Esta profecia que rezamos no Pai Nosso, certamente será implantada em todos os corações. Certo é que virá o dia, que só Deus sabe, no qual o reino do joio será separado e eliminado para sempre. Quando o mal e o bem estarão eternamente separados. O surgimento do mal e seu convívio com o bem, nunca foi o desejo de Deus. Por esta razão, inevitavelmente, o Senhor fará a separação definitiva. Juntos e para sempre, os renascidos pelo Pão Eucarísticos habitarão o paraíso. Já os inimigos do alimento Sagrado, estarão com seus sequazes, vivendo a solidão eterna, que nada mais é, do que a ausência total de DEUS.
Vauban Suttile
Catequista Católico / mar/11
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